O IDOSO E POSSÍVEIS LIMITAÇÕES
O
maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que, apesar
das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir
possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade possível. Essa
possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto
familiar e social e consegue reconhecer as potencialidades e o valor das
pessoas idosas. Portanto, parte das dificuldades das pessoas idosas está mais
relacionada a uma cultura que as desvaloriza e limita.
As
limitações funcionais estão associadas a perda da funcionalidade que podem vim
decorrente de alguma patologia, muito tempo acamado, baixa qualidade de vida,
as quais são fatores que limita tanto suas atividades de vida diária (AVD) como
por exemplo alimentar-se, ir ao banheiro, escolher a roupa, arrumar-se e cuidar
da higiene pessoal, manter-se continente, vestir-se, tomar banho, como também
afeta as atividades instrumentais de vida diária (AIVD), como por exemplo fazer
compras, preparar refeições, manutenção das tarefas domesticas e de casa. Um
fator que também pode afetar a funcionalidade das pessoas idosas são as doenças
crônicas não-transmissíveis (DCNT). Foi visto diante de estudos que a
dependência para o desempenho das atividades de vida diária (AVD) tende a
aumentar cerca de 5% na faixa etária de 60 anos para cerca de 50% entre os com
90 ou mais anos.
Além
do fator funcional que causa grandes limitações, temos a questão social e
cultural que interferem na maneira de olhar o envelhecimento e consequentemente,
na maneira como a pessoa idosa vai se constituir nesse meio, ainda é um dos grandes
problemas enfrentados, a limitação que o meio social impõem no indivíduo idoso
o deixa limitado a fazer atividades que é de seu direito, este individuo idoso
tem direito a convivência familiar e comunitária, a participar e se sentir
integrado nas atividades e meio social e não limitado a desenvolve-las. Outro
fator social que os limitam é a mobilidade urbana, que devido algumas
limitações dos idosos, e a falta de planejamento urbano os deixam limitados de
realizar algumas atividades no meio social, esse fator de mobilidade urbana é
um dos que mais afeta a qualidade de vida do indivíduo que se sente dependente
e preso as limitações. Há uma falta de adaptações em algumas ruas e locais que
os ajudem a se locomover, como exemplo, a falta de rampas, corrimões e
sinalização que os deixam limitados de poder saírem, além disso as ruas apresentam
buracos nas calçadas, desníveis, degraus, ônibus sem rampa, ou seja, são
fatores que limitam o idoso diante de suas condições.
Associado
tanto as limitações funcionais quanto limitações sociais/culturais e urbanas
temos as limitações mentais, que são consequências de fatores que esses idosos
enfrentam, como por exemplo, preconceito, falta de acessibilidade, falta de
infraestrutura, falta de diálogo e entre outros fatores que fazem com que existam limitações e os mesmos em sua mente
se sentem retraídos e procuram ficar isolados por medo do que possa acontecer e
até mesmo de sofrer preconceito, chega até mesmo a gerar uma sensação de
“exclusão” pois devido as dificuldades do meio externo que os limitam e traz
uma sensação de incapacidade.
Não
podemos se prender as limitações, precisamos trabalhar com o idoso para que de
acordo com cada indivíduo ele tenha uma independência e autonomia, precisamos
trabalhar sua saúde física e mental, dá para eles funcionalidade, além disso se
faz de suma importância trabalhar com infraestrutura tanto em casa, quando no
meio urbano, tecnologias assistidas e políticas públicas. É preciso que haja
uma convivência harmônica com a família e o meio social, diante de suas
limitações naturais decorrentes da idade, é preciso que haja integração,
valorização e respeito pelos nossos idosos e fazer com que eles se sintam menos
limitantes e mais autônomos e independentes.
REFERÊNCIAS:
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